Lançado com grandes expectativas em 2023, Mortal Kombat 1 prometia marcar uma nova era para a franquia da NetherRealm Studios, com gráficos de última geração, novas mecânicas e uma proposta narrativa ousada. No entanto, em maio de 2025, o estúdio confirmou o fim do suporte ao jogo — encerrando uma jornada repleta de promessas não cumpridas, polêmicas e frustrações.
Mesmo com a recente edição definitiva relançada, o game não receberá mais novos personagens, modos ou expansões, frustrando uma comunidade que esperava longevidade e inovação.
Desde o lançamento, MK1 mostrou sinais de apressamento no desenvolvimento. Faltaram recursos considerados básicos para um jogo moderno de luta, como o crossplay, que só foi adicionado tardiamente. Além disso, muitos jogadores relataram bugs, problemas de desempenho e menus confusos — sinais claros de um jogo que chegou ao mercado antes da hora.
A falta de balanceamento entre os personagens também prejudicou o cenário competitivo: lutadores como Raiden e Reiko dominaram o meta por meses, enquanto outros careciam de ajustes simples que nunca vieram.
Uma das grandes novidades de MK1 foi o sistema de Kameos — personagens secundários que ajudam durante os combates. A ideia, no papel, era interessante: mais profundidade tática e variedade nos duelos. Na prática, porém, muitos jogadores acharam a experiência visualmente poluída, confusa e desequilibrada.
Para o público casual, o sistema foi visto como excessivamente complexo. Para os jogadores competitivos, as interações entre Kameos e lutadores principais exigiam uma curva de aprendizado que desmotivava novos entrantes.
Enquanto jogos como Street Fighter 6 investiram em clareza visual e acessibilidade, MK1 pareceu seguir na direção oposta — afastando parte da base de fãs da série.
Para quem gosta de jogar offline, Mortal Kombat 1 decepcionou. O modo Invasão, que prometia inovação com elementos de RPG, entregou uma experiência repetitiva e sem carisma. Recompensas pouco atrativas e mapas sem profundidade afastaram até os fãs mais dedicados.
A campanha principal, embora visualmente impactante, foi criticada por seu ritmo acelerado, narrativa fraca e personagens mal explorados. A DLC "Reina o Kaos", que pretendia expandir essa história, acabou piorando a situação: alto custo e uma conclusão sem impacto geraram forte reação negativa.
Outro ponto que manchou a imagem de Mortal Kombat 1 foi a sua política de monetização agressiva. Fatalities temáticos e skins comemorativas chegaram a custar R$ 50 cada, valores considerados abusivos por boa parte da comunidade.
A situação piorou com a chegada da expansão "Reina o Kaos", vendida por impressionantes R$ 249,90. Apesar do preço alto, o conteúdo trouxe apenas seis personagens e nenhuma expansão significativa da mecânica de Kameos. Resultado: rejeição em massa e boatos sobre o cancelamento de futuros conteúdos.
Em maio de 2025, a NetherRealm Studios confirmou oficialmente: Mortal Kombat 1 não receberá mais atualizações de conteúdo. Os servidores continuam ativos, mas não haverá novos personagens, modos ou DLCs. O foco do estúdio agora é outro projeto — ainda não anunciado, mas especula-se que pode ser um novo Injustice ou até mesmo Mortal Kombat 12.
Apesar das críticas, Mortal Kombat 1 não é um jogo ruim. Seu sistema de combate é sólido, os gráficos são excelentes e há méritos técnicos inegáveis. Mas a falta de visão de longo prazo, somada a decisões controversas, impediram que o jogo atingisse seu verdadeiro potencial.
Resta saber se a NetherRealm aprenderá com os erros cometidos neste título. A franquia Mortal Kombat ainda tem enorme apelo global, mas exigirá mais do que gráficos bonitos para reconquistar a confiança de sua base de jogadores.
Enquanto isso, a comunidade acompanha de perto os próximos passos do estúdio… com expectativa e cautela.
Comente sua opinião e continue acompanhando o Gamer Lúdico para mais análises, lançamentos e bastidores do mundo gamer!